Coisas de São José (com carinho à cidade de minha filha).
Ainda sobre o caso "Estacionamento de Hospital".
Reza a lenda por aqui que a população, tal qual Odorico, anda com a alma lavada e encharcada de revolta. Coisas de um tal Hospital-Maternidade de freiras que resolveu cobrar seu pedágio para os que precisam, na doença, seguir por suas estradas celestiais e seus corredores paradisíacos.
Se você passa na porta, lá avista, orgulhosa, a plaquinha de tarifas que relacionam os valores com seus períodos. Essa lenda continua rezando por aqui. Eu queria mesmo era que as freiras rezassem também!
Os mais piedosos que me perdoem, não abri fogo contra sua denominação. Apenas sou contra denominação que comunga com a dominação. Tenho muito respeito pelo hábito, desde que ele, realmente, faça o monge. E se você pensa, ingenuamente, que ofereço riscos à hombridade instituída, Jesus, aquele que era o Cristo, não seria tão polido como eu sou.
Soube da lenda que, em horas de missa, o sujeito pode entrar sem pagar, afinal, quem vai à missa é mais santo que o doente moribundo. É mais nobre que o acompanhante que pernoita por lá tendo acolhido a mensagem "toda vez que cuidaste do doente, a mim o fizeste". Ah, nem me peçam a citação de capítulo e versículo pois não cultivo a pregação querigmatica.
Cá estou esperando, pois seguiu correspondência minha à cidade de Roma. Desinformada é coisa que não sou. Dou sorte... Certa vez, disse-me uma freira desse lugar toda piedosa, pomposa e orgulhosa: "Não somos de direito diocesano, somos de direito pontifício." Ora, bom então. Minha reclamação tem como destino a província do mundo. Estou aqui esperando... Mas dei ação pra revolta. Fui pedir satisfação...
Fico apenas me perguntado: Como é que se prova ter ido à missa para não se pagar o tributo? Será que é só dizer as palavras do Cristo: "Não façais um comércio na casa de meu Pai!"? Isso provaria a piedade de alguém?
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