Tem dias que o imortal morre. Tem infinitos em que o segundo dura muito.
Desconexos, versos órfãos, orientação para lugar algum.
Sem respiro, só suspiro, sem parar pra não estar.
No inverno, foi eterno, o não saber e sem falar.
Pelos ares, vão sem pares, rimas tortas, me embalar.
Foi assim pra todo aquele que de ler pôde olhar.
Versos postos, sem reforços, já foi lido o seu cantar.
Seus ensaios, sejam atos, o meu péssimo, seu melhor.
Posto isso, apenas morre, Saramago, o maior.
Giselle Lourenço
Morreu hoje, 18/06/2010, José Saramago, um dos maiores ícones da literatura portuguesa e um grande poeta, e como poeta não morre...
Nenhum comentário:
Postar um comentário